dezembro 31, 2007

Deixem os fumadores em paz


Despedida do último dia do ano, a coincidir com a entrada em vigor da nova lei do tabaco.
Na condição de fumador em abstinência prolongada, vou no 11º mês e assim espero continuar, estou sensibilizado para esta problemática. Nas minhas pesquisas sobre o fumo, deparo-me, frequentemente, com dois argumentos contra a proibição, usados pelos fumadores. Um desses argumentos é o estatuto de beneméritos que os fumadores se arrogam, por se considerarem os salvadores da Pátria, através dos elevados impostos que pagam sobre o tabaco. Pelos vistos, nesta parcela, são devedores e não credores pois essa receita adicional não chega a cobrir os custos das doenças provocadas pelo tabaco.
Outro argumento invocado, partilhado com os que não querem usar cinto de segurança, é o direito à liberdade e controlo da sua vida e da sua saúde. E, como tal, se optam por fumar, apesar dos malefícios, dizem eles, esse é um assunto que, apenas a eles, diz respeito. Trata-se, quanto a mim, de pura hipocrisia pois só ouço esse argumento a quem ainda tem saúde. Não tenho conhecimento que alguém o tenha invocado na hora de receber os cuidados médicos que as doenças provocadas pelo tabaco implicam. Nessa altura, as consequências do tabaco já não dirão respeito apenas a cada um, ou estarei enganado?

dezembro 30, 2007

A minha pátria é a Língua Portuguesa

Acabei de ler no suplemento do JN que o melhor filme português foi Call Girl de António-Pedro Vasconcelos e Belle Toujours de Manoel de Oliveira, ex-aequo. Comentários para quê? O anormal devo ser eu já que a notícia do JN, não fazendo qualquer referência, depreendo que ache normal o facto de os dois títulos aparecerem em línguas estrangeiras.
Este é apenas um exemplo do uso injustificado e abusivo de estrangeirismos já que, em ambos os casos, existem palavras portuguesas para dizer o mesmo. No caso de Manoel de Oliveira, o erro já vem de trás, visto que se tratou de juntar os protagonistas e dar continuidade a um outro filme de há 38 anos - La belle du Jour, numa espécie de "remake", como eles dizem.
Mais um exemplo: Há dias recebi uma mensagem de correio electrónico (e-mail) de uma empresa portuguesa, "acabada de nascer", que se propunha ser uma "referência no sector do Coaching, Consulting e Training". E continuava referindo (sic) que "o Coaching faz com que o cliente (Coachee) descubra o resultado através de técnicas ... sugeridas pelo Coach. Todos os Coaches são certificados internacionalmente pela International Coaching Community... As áreas de Coach que a empresa cobre são: Executive; Business; Team (sport, inclusive); Life..."
Quando vejo a utilização gratuita de termos estrangeiros fico sempre com a impressão de alguém estar a recorrer à nobre arte de perfumar o peido ou, no mínimo, soa-me a falta de autenticidade. E se assim pensam elevar a imagem de marca do produto, comigo têm azar, neste caso não quero nada com o tal Coaching nem tão-pouco tenciono ir ver qualquer um dos ditos filmes.
A nossa língua não será suficiente para nos expressarmos? Fernando Pessoa disse - a minha Pátria é a Língua Portuguesa - mas, nesta aldeia global, até ele concordaria que o recurso a termos estranhos se torna inevitável em qualquer língua mas, como cidadãos, o respeito pela nossa língua, cultura e identidade não devia impor-nos alguns limites?

dezembro 28, 2007

David venceu Golias!


Finalmente... David venceu Golias!
A exposição feita ao provedor Sonae, aqui relatada no dia 10.12.07, foi definitivamente arrumada. A Novis "deu a mão à palmatória" e resolveu a questão a meu contento. Acabei de receber um mail do "Director de Serviço a Clientes" acerca da "situação reportada" como eles gostam de dizer. Das exigências que apresentei para a resolução da questão só o pedido de desculpas não me foi formalmente apresentado. O mais próximo que estiveram foi a referência "Gratos pelo tempo que V.Ex.ª nos dispensou..." e "Resta-nos agradecer a atenção e a compreensão demonstradas, apresentando a nossa inteira disponibilidade para o esclarecer sobre qualquer questão relacionada com este caso em concreto..."
Houve alturas em que cheguei a equacionar se não seria mais sensato pagar, mesmo que indevidamente, e não me chatear mais com o assunto. Agora, em jeito de avaliação final, fico satisfeito por ter lutado e não ter cedido à tentação de resolver da forma mais fácil embora mais cara. Além disso, fico com a consciência tranquila de ter assumido o papel de cidadão consciente que pugna pela verdade e pela justiça.

dezembro 23, 2007

Juntar as verdes com as maduras

Estive ausente da internet, em viagem, durante os dois últimos dias. Fui "fazer" o azeite. E, se a colheita costuma ser pretexto para festa, este ano não foi o caso. A qualidade acabou por ser a maravilha do costume (acidez 0,2) mas a quantidade fez-me equacionar se valeria a pena apanhar a azeitona pois dificilmente o valor do azeite iria equilibrar os custos da apanha. Quando perguntei à minha irmã se não seria melhor esquecer a apanha. Ela respondeu, de imediato:
- Nem penses nisso, a azeitona é para apanhar. Se este ano tiveres prejuizo, paciência, aguenta-te. Tiveste lucro no passado e voltarás a ter no futuro para equilibrar este ano mau.
Claro que acatei de imediato o conselho dela, pessoa sábia e sempre solidária. Além disso, a sua condição de agricultora praticante dá-lhe a autoridade e o saber a respeito destas questões. E depois fiquei a pensar na grande lição que me foi ensinada: A decisão de apanhar ou não apanhar a azeitona não pode ser encarada como uma questão meramente contabilística. É uma autêntica pescadinha de rabo na boca, um contrato não escrito mas implícito em que cada um tem de cumprir a sua parte. Eu preciso das pessoas que me apanham a azeitona e elas, por sua vez precisam de ganhar dinheiro para viver e comprar e manter as máquinas e restantes equipamentos. E, se a sua actividade não for rentável, deixá-la-ão e todos ficaremos a perder. Então, quando a colheita for "o comido pelo servido" ou, pior ainda, se houver "mais prejuizo que ganância", aplica-se o aforismo popular - É preciso juntar as verdes com as maduras - Oh se é!

dezembro 21, 2007

Ficção, eu? Cruzes canhoto!

Desde há algum tempo que frequento regularmente um blog - diario de uma gaja - que, parecendo à primeira vista leve e informal, eu acho muito bom e, principalmente, muito divertido. Além disso esconde, na pessoa da autora, tenho a certeza, alguém muito interessante.
Há dias lançou um desafio aos seus frequentadores que consistia em continuar uma história a partir de um determinado cenário que ela construiu. Alinhei e, para surpresa minha, aqui fica o comentário que lá deixei e que resume o que se seguiu.
De Xeringador a 21 de Dezembro de 2007 às 20:20
Oh gaja, muito obrigado mas isso não se faz!
Vim fazer-te a visita do costume e... grande surpresa verificar que escolheste o meu texto.
Não vou cuspir no prato mas, sinceramente, não me considero merecedor de tal distinção pois não acho o meu conto nada de especial, antes pelo contrário. Quando muito, à falta de melhor, teria qualidade qb para encher um espaço que sobrasse na revista Maria.
Além disso nunca tinha escrito nada inventado, já escrevi algumas coisas mas sempre acerca de assuntos que domino ou sobre convicções minhas, nada de ficção, até tu, gaja, a tal me obrigares.

Por outros blogs

Vamos lá escrever aqui qualquer coisa a ver se, com o hábito adquirido, isto embala e começa a tomar alguma forma. Neste momento sou eu a puxar pelo blogue mas espero, com o tempo, que o blogue retribua e seja ele a puxar por mim. Já que escrevo regularmente em fóruns e outros blogues, gostava de adquirir o hábito de começar a escrever regularmente aqui no meu.
Fico com a impressão que só escrevo alguma coisa de jeito lá fora, noutros espaços e, para escrever aqui no meu canto, nunca estou inspirado.
Ontem, escrevi no bitaites, em resposta ao seu post, uma pequena reflexão acerca do papel do Homo Sapiens no planeta Terra

Aqui fica o texto que lá deixei, como Xeringador.

Pois é, essa é a teoria mais aceite acerca da forma como nós, género Homo, da família dos hominídios, da ordem dos Primatas, Classe dos Mamíferos, acabámos por nos alcandorar ao posto mais elevado e autoproclamar-nos reis deste planeta. E isso levanta algumas questões:
- Essa suposta e apregoada superioridade que nos permitiu “dominar” a Terra foi bem utilizada?
- Não será o homem, a curto prazo, o responsável pelo próximo cataclismo que impossibilitará de novo a vida na Terra?
- Não estará essa mesma inteligência que nos permitiu tomar conta do planeta e dominar os restantes seres vivos a acabar com a viabilidade do planeta?
- Seremos mesmo a espécie mais inteligente, pelo menos no que respeita à preservação da vida do planeta?
- Este domínio arrasador do género homo, cada vez mais numeroso e as restantes espécies a desaparecer todos os dias, será benéfico para o homem?
- Será que a diminuição acentuada da diversidade não irá, a curto prazo, comprometer a continuadade da vida na Terra?

dezembro 18, 2007

O melhor blog

Decorreu nos últimos dias, a votação para o melhor blog português.
Desde o início achei discutível considerar um blog como o melhor de todos, poderá sê-lo para uns mas não necessariamente para outros. Porém, sem entrar em linha de conta com esses preciosismos, ser o mais votado implica muito mérito e, como tal, o seu autor merece parabéns. Além disso, deixa-nos um certo sabor a vitória, ainda que em segunda mão, assistirmos ao sucesso de alguém com quem interagimos, visto tratar-se do Bitaites, um dos blogs que frequento mais assiduamente e onde, inclusive, tive participações com varios pseudónimos - Xeringador, Zavsport e outros. Aqui fica o texto que hoje lá coloquei com os parabéns ao autor, bem merecidos:

Zavsport: 18/Dezembro/2007 às 1:05
Parabéns Marco,
Tenho estado à espera que a poeira assente sobre esta fogueira das vaidades para te dar os parabéns.
No presente contexto só conheço um critério válido e objectivo para definir o melhor blog - Ser o mais votado. Se o teu blog foi o mais votado então é o melhor.
E deixa para lá essa modéstia porque sabes bem que tens aqui exposta a tua vida, a tua alma e a coragem de seres tu próprio e partilhares isso connosco.
Frequento o teu blog há tempo suficiente para poder dizer que aceito e concordo com a decisão de o considerar o melhor, mesmo sem conhecer a concorrência, por variadas ordens de motivos, de que saliento:
- Ao escreveres, não tens o objectivo de ser o melhor
- Limitas-te a ser tu próprio sem preocupações de ser perfeito ou politicamente correcto
- Não pedes desculpas a ninguém para seres o que és e tens a coragem de assumires a tua totalidade com virtudes, defeitos e gostos (tens mesmo a coragem de gostar de Zappa e referi-lo a propósito ou a despropósito)
- Escreves com graça sem tentares ser engraçado.
Já mostraste que não precisas de conselhos mas, guarda os louros porque são bem merecidos. Não é importante ser o melhor de todos mas é muito agradável. E não te maces a responder aos invejosos.
Um grande abraço e, quando estiveres inspirado, continua o bom trabalho ou então faz uns reposts.

dezembro 16, 2007

Passeio no Gerês

Ontem fui, com um grupo, fazer um passeio no Gerês, de Fafião ao Porto da Laje e regresso por Pincães e Cabriteira. Aqui fica uma foto e, quem quiser saber mesmo do que estou a falar, pode dar uma espreitadela nesta página.
Demorámos as 7 horas previstas e, uma vez mais, o percurso não desiludiu. Já o fiz várias vezes mas nunca é demais voltar a percorrer locais tão bonitos. Há alguns locais que visito e de que gosto tanto que nunca digo - Não volto lá porque já conheço. Nada disso, de cada vez há uma visão sempre renovada em que sobram sempre alguns pormenores para a visita seguinte. Pensava que era defeito meu até encontar este texto de Miguel Torga, no seu Diário VIII, em que me revejo por inteiro: " Gosto de rever certas paisagens, ainda mais do que reler livros. São belas como eles, e nunca envelhecem. O tempo não degrada a linguagem que as exprime. Pelo contrário, enriquece-a, até, num esforço de perfeição constante que, embora involuntário, parece intencional. Faz alargar a copa de um carvalho, e reforça determinado volume; outoniça precocemente algumas folhas, e esbate um pouco a cor afogueada duma encosta; entoira um ribeiro, e gera um lago onde se espelha o perfil dos montes."
Para nos guiar e mostrar as coisas mais bonitas da Serra do Gerês, não há pai para o Jorge, meu grande amigo e principal colaborador.

dezembro 14, 2007

Faz hoje dez meses


Faz hoje dez meses que parei de fumar.
Passei quase toda a minha vida adulta como fumador, com a fama mas nenhum proveito.
Nunca cheguei a sentir os malefícios do tabaco ou, enquanto fumador, pensava que não os sentia. Como a quase totalidade dos fumadores, tencionava parar um dia e, também como acontece com a maioria dos ditos, as coisas iam-se arrastando e a decisão ia sendo sucessivamente adiada.
Penso que raramente haverá apenas um motivo para nos fazer parar mas, em determinado momento do percurso, todos os fumadores terão um ponto de viragem que os conduzirá a esta decisão.
Nos dias 6 e 7 de Outubro de 2006, hospitalizado para uma pequena cirurgia ao ombro (ruptura do supra-espinhoso), mal saído da anestesia, ainda com o dreno e o soro, toca de procurar um local onde pudesse dar umas passas. E o local foi a escadaria de acesso ao terraço. Enquanto fumava, às escondidas, tomei consciência da forte dependência e da necessidade urgente de pôr termo a esta situação. Além disso, outra motivação extra - desejar que a minha filha tenha pai até não precisar dele ou, como ela dizia, "para não morreres cedo..."
Após sair do hospital, ao passar pela farmácia comprei os pensos de nicotina. Experimentei durante dois a três dias em mais uma tentativa fracassada.
Até que, no tal dia catorze de Fevereiro do ano da graça de 2007, faz hoje dez meses, sem dizer nada a ninguém, comecei a minha luta individual apenas munido da minha decisão de parar e com a ajuda dos tais pensos de nicotina. Aguentei três dias. Ao quarto dia, com os sintomas de privação a falar mais alto, reclamando constantemente a dose habitual de nicotina, deixei-me seduzir por um método gradual que encontrei na internet. Comprei um maço e conclui o que já sabia - o método gradual não era viável pois a redução foi muito pequena. Do tal maço, no final do dia, restavam apenas 3 cigarros. Antes de deitar, peguei neles com a tenaz, um a um, e fiquei a vê-los arder na lareira numa espécie de ritual, ao mesmo tempo que prometia a mim mesmo não voltar a fumar.
E recomecei a minha luta, agora mais consciente que não se pode ceder à vontade de fumar, "no pain, no gain". E fui colocando os pensos de nicotina ao longo de cinco dias. Ao quinto dia tomei consciência de toda a "cambada" que se movimenta e vive à custa dos fumadores: fisco, tabaqueiras, produtores de tabaco, publicitários, farmacêuticas com os seus produtos milagrosos para deixar o tabaco, programas, clínicas, médicos, psicólogos... todos a viver à pala dos fumadores que subsidiam este negócio de milhões e ficam para si com o odioso da questão no papel de explorados a usufruir apenas do lado negativo do negócio.
E acabei de imediato com a administração dos tais pensos de nicotina, ao mesmo tempo que transformava em motivação e força de vontade o ódio a essa corja de exploradores.
Ao quinto dia, ao pesquisar na net, encontrei uma ONG que apoia quem quer deixar de fumar - www.parar.net. Enviei-lhes um e-mail, responderam de imediato e, ao longo dos primeiros meses, por e-mail, prestaram-me apoio personalizado através de uma pessoa extraordinária que me deu um feed-back precioso nesta cruzada contra o fumo.
E assim me tenho mantido até hoje. Sinto-me muito bem, a todos os níveis e muito orgulhoso da decisão que tomei e tenho conseguido manter.
E o tabaco acabou? Espero bem que sim. Continuo a recear uma recaída mas firmemente decidido a não voltar a fumar, embora, de vez em quando, como aconteceu ainda na semana passada, ainda sonhe que estou a fumar. A tentação continua sempre presente mas agora, depois de conhecer as armadilhas e ter experimentado as vantagens de não fumar, muito dificilmente lá voltarei.
Só tenho pena de não ter tomado esta decisão há mais tempo...

dezembro 13, 2007

No entanto a terra move-se

Não há dúvida que, para que as coisas aconteçam, não basta ter razão, é preciso bater à porta certa e acertar com a forma como se bate.
Quase três meses de esforços diários, muitas chamadas de valor acrescentado para a Novis e para a Clix, cenas de choro e ranger de dentes ao telefone, exposições por fax e por e-mail, pedidos de portabilidade sucessivos com respostas contraditórias a variar conforme o assistente que me saisse na rifa...
Quando já quase desesperava, fiz a dita exposição ao provedor Sonae. "Et voilà" como que, por um passe de mágica, parece que tudo se resolveu de imediato: Conforme me fora prometido há dias, recebi, há poucos minutos, uma chamada a reafirmar o pedido de desculpas e a informar que estava tudo resolvido: a portabilidade foi feita; já tenho a funcionar o número de telefone que desejava e, não menos importante, fui também informado que iriam dar ordens à contabilidade para anular as facturas que me foram enviadas indevidamente. E por último mas não menos importante, a meu pedido, iriam enviar-me por escrito a informação que me foi dada por telefone. Outro desenlace que não este não seria de esperar mas, depois de tudo o que se passou, já começava a por em causa a minha noção de certo e errado.

dezembro 10, 2007

Exposição provedor Sonae

Esta manhã, resolvi enviar um mail ao provedor Sonae acerca de um assunto que tem andado a chatear-me. Apenas trinta minutos após o envio, recebi de volta o respectivo recibo de leitura. Parece que as coisas estão a começar a andar! Pelo conteúdo da mensagem enviada, que transcrevo a seguir, dá para perceber toda a história. Estava esperançado que a situação se resolvesse com a intervenção do provedor mas não estava à espera de resultados tão imediatos. Ainda hoje, ao final da tarde, em resposta à exposição, fui contactado por uma menina muito simpática que pediu desculpas pela situação, quis esclarecer algumas questões tratadas no e-mail, deixou-me o seu contacto pessoal e disponibilizou-se para, "o mais breve possível", resolver esta questão prometendo voltar a contactar-me ainda esta semana, se possível, já com um desfecho para esta situação. Vamos ver...
O e-mail enviado foi este:

"Exmº Sr. Provedor,
Sou sócio gerente da xxxxxxxx, Lda, NIF xxx xxx xxx.
Encontrei o seu contacto na net, por mero acaso ao pesquisar sítios onde, eventualmente, pudesse fazer-se alguma luz acerca desta história surrealista que me está a acontecer com a Novis. Já relatei tudo isto à Novis, fá-lo-ei agora, a si, de forma resumida, descrevendo apenas os aspectos que considero mais pertinentes e dos quais posso fazer prova:
1. Em 21 de Agosto de 2007 assinei uma proposta de subscrição de acesso directo Novis para a minha empresa e, na mesma data, assinei contrato com a Clix para uso doméstico.

2. O Serviço Clix foi instalado, está a funcionar sem problemas estando apenas à espera da portabilidade do nº xxx xxx xxx para o pré-existente xxx xxx xxx.

3. Essa portabilidade está difícil e demorada porque a Novis, incompreensivelmente, está a dificultar todo o processo.,

4. Em carta recebida da Novis, datada de 06.09.07, fui informado que, (sic):

5 ..."se encontra em falta documentação imprescindível à conclusão do seu processo de activação."

6. ..." solicitamos o envio urgente dos documentos a seguir indicados:

7. "Cópia de uma factura da Portugal Telecom à sua empresa, com menos de 6 (seis) meses"

8. "...caso os documentos acima indicados não sejam enviados até à data 05.11.2007, não poderemos concluir a activação dos serviços contratados por V. Exca e o processo será cancelado

9. Como tal factura nunca existiu pois a minha empresa nunca foi cliente da Portugal Telecom, era cliente Novis desde há vários anos; impossibilitado de preencher tal requisito, "imprescindível", considerei que não reunia condições de elegibilidade para subscrever tal serviço e decidi:

a) Aceitar o cancelamento proposto pela Novis

b) Pedir a portabilidade do número xxx xxx xxx para o serviço da clix

c) Dar o assunto por encerrado

10. Estranhamente, apesar do aviso de cancelamento por parte da Novis, continuei a receber correspondência que atribuí à dificuldade de travar, de imediato, o processo em curso.

11. No início de Outubro, fui informado que no dia 04.10.07 viria um técnico activar o serviço

12. De imediato, pelas 17 horas do dia 02.10.07, contactei a Novis. Alertei a assistente para o facto de o processo estar cancelado e que seria um desperdício a vinda do técnico. Depois de lhe expor a situação sossegou-me que não seria mais importunado com este assunto.

13. Pelo relatório técnico deixado na minha caixa do correio soube que, contrariamente às minhas ordens e compromisso da Novis, um técnico deslocou-se a minha casa para “instalação/reparação de avaria do seu serviço" (assim reza o relatório deixado na caixa do correio)

14. No dia 08.10.07 pelas 14:25h falei com outra assistente Novis a quem mostrei o meu desagrado pela situação que continuava a arrastar-se. Uma vez mais recebi a promessa de não mais ser importunado.

15. No dia 12.10.07, voltei a falar com um assistente Novis que prometeu tratar do assunto e voltar a contactar-me para me informar com rigor acerca do motivo desta perseguição que estava a impedir-me de fazer a portabilidade referida.

16. No dia 15.11.07, pasme-se, recebi uma factura referente a serviços cujo processo de instalação "foi cancelado" por iniciativa da Novis, não desejo, não usei e, tanto quanto sei, não estão disponíveis, como a Novis poderá confirmar.

17. No mesmo dia 15.11.07 falei, de novo, com um assistente Novis que me aconselhou a que expusesse a situação por escrito.

18. Assim fiz e enviei, por fax, o resumo desta saga onde mostrei o meu desagado e exigi um pedido formal de desculpas.

19. Em resposta, a Novis, sem se pronunciar sobre o cancelamento do processo, informava que dera início ao processo de desactivação e que (sic) "... por não ter sido cumprido o período mínimo obrigatório a que se vinculou no contrato com a Novis, somos obrigados a aplicar um valor por incumprimento contratual que será reflectido na factura referente ao mês em curso."

20. Uma pergunta final, foi a minha empresa que anulou o contrato?

21. O contrato nunca existiu, apenas existiu uma proposta de subscrição que não foi aceite pela Novis e acabou por ser cancelada também pela Novis.

22. Como tal, não houve, da parte da minha empresa, nenhuma situação de incumprimento.



Na esperança de se estar a tratar de uma série de mal entendidos, ficarei a aguardar, durante alguns dias, a resposta de V. Exª e, de acordo com a sua decisão, decidirei diligências futuras, eventualmente a divulgação pública e apresentação noutras instâncias até à resolução desta questão.


Os nossos cumprimentos
Pela Xxxxxx
Fulano de Tal

dezembro 01, 2007

Regresso

Acabei por entrar na onda de criar um blog (é assim que se escreve?). Para o alojar tive que criar uma conta no Gmail. Com esse e-mail entrei e, sei lá como, vim dar a este blogue que, afinal já tinha criado há mais de um ano e de cuja existência me tinha esquecido totalmente. Vamos ver se o reavivo e não o deixo morrer aqui nas profundezasa da net.